domingo, 21 de abril de 2013

HISTÓRIA DA VIDA DAS IRMÃS FAIOLI. FUNDADORAS DA CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DA IMACULADA DE SANTA CLARA

Três chamas  unidas em um único ideal
UM MONUMENTO UM CAMINHO...
                                                               ( Renato Riccioni)


Desde 1989 a praça da prefeitura de Fiuggi foi enriquecida de um bronze destacando quatro quadros em auto-relevo, que foram colocados na fachada da Igreja da Imaculada. Tais obras do escultor Angelo Canevari lembram três irmãs fiugginas que, em 1741, após uma missão popular, pregada pelos sacerdotes Tommazo struzziere e Gaetano Giannini, tomaram a iniciativa; e , [...] na própria casa a poucos passos da Igreja se Santo Estevão [...] escolheram viver vida retirada; e outras jovens, vindo a conhecer, resolveram juntar-se às mesmas para uma vida de maior oração. A medida que crescia o fervor destas jovens, abriu-se como uma "Escola das Irmãs Faioli" para instrui-las nos rudimentos da nossa santa religião. (RASPA, Giampiero, 1989)

    Assim as Fontes, claramente mesmo na estrema sobriedade, relatam o início da  "Santa Aventura" destinada a beneficiar as jovens concidadãs antes de alargar-se às cidades vizinhas  e atravessar os oceanos.



Fiuggi Praça Trento e Triestre, No monumento de bronze, em frente à Igreja de S. Clara, as três Irmãs Faioli representadas juntas com uma pequena educanda recordam a própria
história de sofrimento, mas cheia de esperança



Uma lápide ao lado do nome da rua recorda os méritos de Teresa, Cecília e Antônia Faioli: Não méritos de guerra, mas conquistas de paz. Elas testemunharam que mesmo com todos os limites humanos e culturais, cada um pode contribuir para o verdadeiro bem dos co-cidadãos.




 Subindo a praça Trento e Triestre, inicia a rua Irmãs Faioli, dedicada às três Educadoras - Fundadoras, que viveram em edifícios próximos à esta antiga Via Maggiore, daquele povoado de quase 1000 (mil) habitantes que se chamava "Anticoli di Campagna", foi ali que viveram a própria consagração total a Deus, no serviço humilde de uma essencial formação humana e religiosa, que as colocaram com pleno título entre as pioneiras da instrução feminina do 1700, protagonistas com suas alunas de uma singular escola nascida do nada: a história documenta que o próprio surpreendente carisma educativo que as fizeram espontaneamente serem procuradas por outras e frequentadas antes mesmo do reconhecimento oficial das autoridades religiosas e civis. algumas daquelas alunas se tornaram discípulas na família religiosa e as reconheceram como fundadoras.


                                               UMA GEOGRAFIA, UMA HISTÓRIA


(Foto feita cidades do lago de Caterno) Vista ampla que abrange os Montes Hénicos com duas cidades da provícia de Frosinone, de onde se iniciou a nossa história: à direita o ponto de partida, Torre Cajetani(pequeno centro que surgiu entorno ao poderoso Castelo a 850m s.l.m) e à esquerda, a quase 6km, o ponto de chegada, Fiuggi(a 747 s.l.m) ainda "Anticoli di Campagna)

Das duas cidades da "Ciociara" agrupadas em duas colinas dos Montes Hérnicos, divididas por poucos quilômetros, deu-se início a uma nova história, uma história diferente, porque testemunha como a vida pode ser vivida, mesmo nos deveres impostos da cotidianidade, sem o descer a uma vida habitual mediocridade. Por isso, cada um, tem o direito de não renunciar à própria dignidade e às exigências mais profundas do próprio espírito, como nos demonstram Teresa, Cecília e Antônia, em uma época na qual a vida da mulher parecia ainda predeterminada inexoravelmente pelos costumes e preconceitos que existiam.
  A história de uma família que transfere de Torre Cajetani na segunda metade do século XVIII àquela do avô Felice; e que no início do século XVIII vê-se o encontro e o matrimônio do 4º filho, Francesco com Marta Terrinoni, de Anticoli. Uma história muito comum não privada de projetos mais ou menos obrigados pela necessidade com inevitáveis angustias de quem deve abandonar o próprio lugar de origem. Mas aquelas angustias se manisfestarão providenciais..., mesmo se mais tarde a partir daquela transferência geográfica, se iniciará uma história que envolve ainda hoje muitas outras pessoas.  
Teresa  ( nascida em 11 de dezembro de 1715), Cecília (nascida 28 de fevereiro de 1719) e Antônia (nascida 10 de junho de 1723), quando perderam a mãe tinham respectivamente 12, 8 e 4 anos, mas não se abandonaram à desolação: elas souberam  reagir e através de uma grande preparação de vida cristã , que se autenticamente vivida, é sempre capaz de reforçar a esperança e assim deram frutos que despertaram entusiasmo nos contemporâneos, a aprovação dos bispos, o engajamento de outras jovens que futuramente viverão os ensinamentos e partilharão  a missão até serem chamadas para abrir escolas também em outras dioceses.

                                            UMA CASA, UMA FAMÍLIA

A poucos metros da
rua "Irmãs Faioli, des-
cendo os degraus da
via Vetere, se passa em
frente à porta da casa
onde nasceram as três
irmãs. Uma lápide as re-
corda.
 As poucas notícias que nos relata a história sobre a infância das três irmãs não deixarão de considerar i importância da própria maturidade, antecipada do episódio chave: a morte da mãe Marta. Nem podemos ignorar a formação base recebida na vida familiar que as precederam e favoreceram aquela assunção de responsabilidade. Também não deve ser negligenciada a força da singular união entre elas, que especialmente, a partir daquela experiência, se tornou lição de solidariedade, de generosa partilha, de positiva doação de si mesmas. Se poucos anos mais tarde Teresa, Cecília e Antônia poderão revelar-se capazes de acolher outras jovens que as estimavam, significa que as suas personalidades sãs haviam superado a prova, colhendo no empenhado cotidiano, estímulos para um crescimento humano e cristão. Aquele ato de buscar água no poço ou na fonte, recolher a lenha, acender ou não deixar apagar o fogo, lavar a roupa nas pequenas fontes, etc, eram condições de vida comum para cada mulher daquele tempo que as preparavam sistematicamente ao sacrifício consciente e feliz de quem sabe a vida promete um fim cheio de esperança, de imortalidade.
No pequeno "Museu Irmãs Faioli", o qual
 se encontra na praça da prefeitura são 
conservados os humildes objetos da 
vida cotidiana da três irmãs: Aqueles
herdados da família , colocados gene-
rosamente à disposição da nova família,
 que foram usados e conservados
com amor


Nem mesmo a morte do pai Francesco, após a longa carestia do ano 1740 durante a qual o povo foi obrigado a alimentar-se de ervas, impedirá as três irmãs a encontrar-se na melhor disposição interior para participar das missões populares de junho de 1741: essa, antes de tudo, marcará uma mudança em suas vidas (...) e uma mudança singularíssima: Teresa, Cecília e Antônia  se sentirão contemporaneamente chamadas a uma mesma escolha de dedicação total a Deus numa mesma forma. Como na melhor tradição monástica, retirar-se-ão para dedicar-se sempre mais intensamente intensamente à vida interior, à união com Deus que se alcança na oração. E a providência não fará faltar para elas um ambiente todo religioso, próprio a poucos passos da igreja de Santo Estevão, a poucos metros da própria casa natal.


A missão popular que foi organizada em
Anticoli di Campagna trouxe efeitos benéfi-
cos, não só para as três irmãs: E a força da
palavra de Deus semeada pelo Servo de 
Deus Dom Tommaso Struzziere, futuro pas-
sionista e principal colaborador de São Paulo
da Cruz. A cena é recordada em um quadro
na casa de retiro espiritual. (Na foto acima
sala de conferencias: Pesche, IS. Itália)










                        UMA VOCAÇÃO, UMA MISSÃO


Então, elas se retiram na casa herdada do tio, Abade Giuseppe Antônio Rosa, para atender franciscamente e amar o senhor, e logo as acompanharam outras jovens que procuravam rezar com elas. Sentiram então o dever de melhor instruir-las no catecismo, na prática de piedade e também dos trabalhos próprios do mundo feminino para torná-las boas cristãs e boas donas de casa. Nasceu "Como uma escola", obviamente diferente das escolas atuais, mas originalíssima, porque nascida de um pedido espontâneo das alunas que atraídas  da luminosa exemplaridade daquelas três irmãs, livremente escolhidas como mestras de vida. Depois de seis anos de iniciativa particular - que demonstra a inteligente capacidade organizativa das mestras e a vontade constante das alunas - a casa das Irmãs Faioli tornou-se progressivamente em Conservatório de Anticoli, recebendo as convictas aprovações das autoridades religiosas e civis.







                      UM CARISMA EXAMINADO E ELOGIADO

Rua Morgani (continuação da rua Faioli) a casa 
deixada em herança pelo Abade 
Giuseppe Antônio Rosa, às três Irmãs.


O bispo de Anagni, Giovanni Bacchettoni informado pelo pároco Dom Domenico Girolami ( sucessivamente poe ele nomeado diretor e promotor da obra) primeiro feito colocar o próprio brasão sobre a porta das três irmãs e  promulgou o decreto de Fundação (17 de agosto de 1747), examinou  pessoalmente  as jovens mestras e os primeiros regulamentos internos (16 de outubro de 1747, exame teórico (17 de março 1749), prova prática com as alunas, e enfim, obtendo o beneplácito de Bento XIV, destinou à nova obra alguns bens que consolidassem autonomia econômica. Meios de sustentamento indispensáveis, tratando-se de uma escola gratuita e que exigia complexos trabalhos de adaptação dos locais sob as próprias despesas à via Maggiore e Via della Longeta; com o mesmo Decreto (11 de agosto de 1749), o bispo acrescentava  também a Igreja de Domênico com seus bens.

Sobretudo , a iniciativa das três irmãs suscitou o
entusiasmo popular que se manisfestou em uma "Universal"
frequentação, espontânea e duradoura no tempo. Não somen-
te projetos ou esperança: o clima de adversidade política, na
qual vivia o diretor do conservatório não teria consentido am-
biguidade.
Certamente não podia passar despercebido aos conterrâneos e nem mesmo às populações  próximas as três noites de festejos ( com luzes, tambores, fogos de artifícios) com os quais o pároco de Anticoli de 7 a 9 de julho, dava ampla ressonância ao conhecimento do bispo que confirmava oficialmente a humilde escola iniciada pelas três irmãs na própria casa, e promovia a sua expansão.
Tanto mais e quanto tal esta obra de promoção humana voltada ao mundo feminino, assim sedento 
de presenças educativas, que já tinham respondido
 com surpreendente entusiasmo e constância
Na noite de Natal de 1747, uma não comum procissão acompanhava as quatro primeiras mestras (as três irmãs e Domenica Tardioli) e a primeira aluna-discipula  de apenas 8 anos de idade, coroando os fervidos preparativos com os quais o zelante dom Girolami havia oferecido as suas capacidades e sua autoridade para consolidar a fundação oficial daquele que será conhecido como o conservatório de Anticoli. Mal tal sistematização foi possível somente porque as protagonistas daquela entrada oficial na Casa Madre tinham colocado à disposição os próprios bens, imóveis e outros objetos de móveis, animais domésticos  terrenos e outros. Não seja esquecido que Tereza, Cecília e Antônia tinham o peso econômico a seis anos da atividade por elas iniciada.                


                                  UMA FUNDAÇÃO, UMA NOVA SEDE...

   Tal generosa doação foi oficializada através de um ato estipulado pelo escrivão Stefano Bizzarri no dia 8 de novembro de 1749. Tereza, Cecília e Antônia Faioli juntamente com as duas primeiras seguidoras (Domênica Tardioli e a jovem viúva Palma Borguese), declaram de "ter escolhido em todo decorrer da própria vida, Viver uma vida celibatária e casta e de servir Deus Bendito na casa das Mestras Pias... a benefício comum, especialmente às moças(aquelas que não casavam) da cidade, que elas tinham como educandas, e o ensinamento da doutrina cristã, o exercício nas outras obras de piedade,... para qual fim a alguns anos já moravam na dita casa, ... e querendo agora fazer coisa agradável ao dito lugar pio, para que assim possa melhor estabelecer-se" e determinaram " de fazer uma doação universal de todos os próprios bens à dita casa [...]". 

                                                  UMA PRESENÇA CONSTRUTIVA

1ª foto: quadro que recorda a procissão da transferência
das irmãs Faioli para a casa nova da sede do conservatório
2ª foto: visita do governador e sua aprovação às atividades
desenvolvidas pelas irmãs Faioli.

No entanto, também o grande contestável Fabrício Colonna Tinha oferecido a sua ajuda á obra com repetidas intervenções para uma mais profícuo desenvolvimento. Em uma carta do dia 8 de outubro de 1748, escreve a Dom Girolami << [...] A informação à Sagrada Congregação para o novo Conservatório erigido é já enviada e da mesma se espera a carta. Respeito à clausura do pequeno beco que se pretende unir ao novo Conservatório estamos aguardando que o nosso erário nos dê a sua informação [...] >>. Particularmente significativo como Testemunho "laical", sobre a efetiva atividade desenvolvida e sobre o índice de agraciamento do Conservatório, foi a relação oficial de Marcello Ferraioli, governador de Anticoli, que em 16 de maio de 1750 escrevia: << [...] do conservatório recém aberto em dita terra (de Anticoli) posso garantir, ecoa um bem de grande notabilidade tanto espiritual  quanto temporal às moças, mas também a todas as mulheres deste lugar, pelos frutos  dos bons ensinamentos que aprendem da indefesas mestras do dito Conservatório universalmente frequentado [...]>>. Por isso, ao Governador não passava despercebido nem mesmo a atividade estendida a beneficiar as mães de famílias através de uma formação permanente que  - mesmo que se queira considerar -  elevada também às outras mulheres a um empenho de formação sistemática. Certo, tanta fecundidade espiritual foi fruto de escolhas radicais: franciscamente, Teresa, Cecília e Antônia Faioli haviam  renunciado para sempre todos os próprios bens e a qualquer outra satisfação, mesmo legítima, para servir somente a Deus << pela qual Complacência, e perfeito serviço, abandonando as mundanças vaidades, nos retiramos voluntariamente>> lembrará Antônia, com inalterado fervor, no capítulo de 1781.  
De outra parte, quem queria fazer uma correta ideia sobre a linha espiritual do Conservatório de Anticoli não pode deixar de considerar as primeiras Regras: " A principal meta do Conservatório e das escolas deve ser aquela de viver recolhida e tratar com Deus" porque " as mestras as quais não tem o espírito de Deus servem somente a destruir as escolas que a edificá-las". Não pode transcurar uma verificação dos fecundos frutos de tais princípios; a pesquisa histórica que nos oferece dados muito significativos: a mesma família Colonna enviava filhas dos seus funcionários, e de muitas partes de Roma; diretores espirituais indicavam ás jovens de tornar-se monjas em Anticoli; sinal da ótima fama da qual gozava o primeiro Conservatório e depois como mosteiro. Enfim, após a morte da última das três irmãs, as Mestras Pias de Anticoli foram solicitadas por outros bispos: Informa-nos a beata Catherina Troiani que fes grandes elogios de duas das irmãs (Anna Vicenza Manaccioni e Serafina Affinati) transferidas para abrir uma escola em Firêncio sob  insistente pedido do bispo Nicola Buschi. Também a pequena Rosa Girolami espelho das educandas; transformada em discípula, será doada como mestra a Guyarcino e depois Mestra e Vigária em Alatri. Em 1806 a encontramos no Mosteiro da caridade em Alatri sob o pedido do bispo da casa.
Cirilo  Antonini ,Bispo que res-
tituiu a paz e instabilidade ao
conservatório.
Que a comunidade tenha sido longamente provada, nos confirmam os intermináveis contrastes sofridos do seu diretor, por muito tempo ausente, antes de ter vencido a causa contra os seus acusadores apoiados pelo Bispo Monti, que sucedeu a Bacchettoni, durante os dezoito anos de Angélica Bertoni, uma jovem que demitida pela sua aberta discordância do diretor - e que, retornada depois de mais de dez anos vem imposta como "Moderadora" pelo bispo Monti, contrariado pelo êxito da causa perdida. Tal regência, continuada sob o bispo filliponi Tenderini (1766-1778), se concluiu com a chegada do bipo Cirillo Antonini (1779) com as definições e a definitiva saída da Bertoni. na complexidade, com a transferência do bispo Bacchettoni, foram 30 anos de Dificuldade, pobreza, constantes humilhações, árduos discernimentos entre obediência à superiora e obediência ao Diretor.


UMA LONGA PROVA PARA A APROVAÇÃO...


As virtudes da primeira comunidade foram examinadas com a máxima atenção e descritas com autoridade. Assim, em uma relação oficial do dia 22 de agosto de 1779 ao Santo Ofício, poucos dias após a morte de Teresa, o mesmo bispo Antonini relatava o resumo do confessor extraordinário do Conservatório por ele nomeado para a comunidade do Conservatório. "[...] em descarrego do seu conhecimento deve dizer-me e me diz com júbilo de paraíso ter encontrado muitas pombas e muitas esposas de Jesus, discípulas na estrada do Senhor com vigilância a mais guardada com exatidão, a mais minuta [...] que de todo o coração esforça-se por amá-lo, para servi-lo e glorificá-lo, atendendo verdadeiramente com sumo empenho à perfeição. 

Da sua parte, o bispo acrescentava sem meios termos:" eu mesmo, por ocasião da visita pastoral, poucos meses depois, feita naquela terra, interroguei de maneira mais escrupulosa possível as suas personalidades, como andavam as coisas, os costumes e pelas notícias que universalmente recebi coerentes aos meios votos. Fiquei muito edificado.


DE MESTRAS PIEDOSAS PARA RELIGIOSAS...


Então apoiadas pelo caríssimo pároco Dom Domenico Girolamo, amigo de São Paulo da Cruz e que escrevera as primeiras regras em 1780, as irmãs Faioli tinham dado vida a uma fundação autônoma, mas em sintonia com a obra de promoção humana já desenvolvida a dez anos das "Mestras Pias" de S. Lucia Filippini e da Beata Rosa Venerini e das mais próximas "Irmãs Cisterciensis da Caridade de Anagni" fundada pela serva de Deus Cláudia de Angelis. Usaram o hábito próprio de Mestras Pias por quase toda a vida, até que a vestição do hábito religioso de S. Clara da parte das primeiras dez ( 23 de agosto de 1781, quando Tereza já tinha concluído sua missão) e a sucessiva aprovação das novas Regras escritas pelo bispo Cirillo Antonini. Era então a feliz conclusão de uma vida não certamente privada de contrariedades e de sacrifícios virilmente suportados no silêncio e com sempre renovado fervor.



Que peso teve, na perspectiva da comunidade, a presença compacta daquelas três irmãs capazes de conservar fiéis à própria vocação e missão? Uma resposta parece oferecer a mesma comunidade, que em uma situação arriscava colocar em péssima luz o Conservatório e de comprometer o futuro após a demissão da Superiora imposta diante do novo bispo Antonini, elegeram por unanimidade uma das fundadoras, Antônia. Assim, providencialmente, ela se encontrará a tratar com ele a respeito da evolução do Conservatório em família religiosa Franciscana; ela mesma solicitou e recebeu a adesão plena de sua Comunidade ao novo endereço escolhido. a mudança institucional se concluirá no dia 4 de junho de 1786, quando o bispo Antonini admitirá as primeiras treze ao voto simples com o qual as Mestras Pias se tornaram religiosas a todos os efeitos. Um ato oficial coroando uma vida já vivida naquele mesmo espírito de consagração total. 

O último período da vida das Faioli, que coincide com a definitiva formação da comunidade, registra as contínuas intervenções de Antônia  (agora Irmã Maria Geltrude) para promover o reconhecimento legislativo e aquele de Cecília ( agora Irmã Maria Teresa) para solicitar a restauração da Igreja de São Domenico: sinais de uma presença viva, de uma autoridade moral a elas reconhecida pela primeira Comunidade (não por caso Antônia foi eleita superiora por unanimidade no momento mais delicado, enquanto cecília era qualificada (capítulo de 1788) como uma das idosas mais sensatas. Por isso o silêncio que circunda as suas pessoas, não pode ser interpretado em sentido negativo; mas, sobretudo, como índice das virtudes de personalidade sã, capazes de falar e de calar, com o fascínio de atrair as próprias conterrâneas  de educar as mais jovens com a fortaleza de quem dabe perseverar nas dificuldades com humildade, de quem sabe indiferentemente governar ou obedecer. As várias versões da "Breve Notícia de Origem", elaborada pela comunidade para os seus Livros Oficiais, se preocupam de reafirmar que as irmãs Faioli foram "as primeiras a tomarem a iniciativa" e o de exemplo para as outras que "se soube", resultando assim de estímulo às outras jovens do povoado, hospedadas "na própria casa". "Assim, crescendo o fervor, das mesmas se abriu como uma escola". Após 100 anos a tradição sobre tais inícios foi confirmada nos questionários para regularizar as escolas segundo as diretivas do Estado Italiano. [...] E no início do terceiro milênio aquela escola das humildes origens ainda existe.


TERESA, CECÍLIA E ANTÔNIA FAIOLI


A respeito das características individuais das três irmãs "que exercitaram todo o tempo de suas vidas nas virtudes cristãs", anotações iluminadoras são encontradas no "Necrológio das Irmãs defuntas" que assim caracterizam: teresa (+ 14 de junho de 1779) " em particular na caridade ao próximo em servi-lo nos serviços humildes e no silêncio", Cecília (+ 13 de dezembro de 1789) "em particular na santa oração e prudência", Antônia (+ 21 de janeiro de 1793) "muito fervorosa e solícita no serviço de Deus exercitando todas as virtudes e em particular, era amante da santa pureza seja nas palavras como nos fatos". A essas suas filhas bem merecedoras, fortes e generosas , a prefeitura de origem  dedicou,  justamente, a rua Maggiore do Centro histórico, enquanto a família religiosa que herdou de promover pesquisas históricas que restituíssem os nobres semblantes das suas três Fundadoras.


IRMÃS DA IMACULADA DE SANTA CLARA


O Instituto em consideração à fama de santidade das três irmãs, progressivamente ampliados, requisitou o início da causa de canonização em 1987. A fase diocesana do Processo concluiu-se em 1º de julho de 1990, mas as pesquisas continuam para documentar sempre melhor a vida , as virtudes heroicas e a fama de santidade das três irmãs ( Servas de Deus). Os seus restos mortais, juntamente aos das primeiras co-irmas, são conservados em Fiuggi na igreja da Imaculada (também chamada de S. Clara, na praça da prefeitura), meta de numerosos visitadores que ali se colocam em oração e amam deixar invocações e também agradecimentos para relatar graças alcançadas.

TRÊS  CAUSAS DE BEATIFICAÇÃO 

Toda causa de beatificação traz em si uma mensagem de exemplo que constituiu o termo dito "interesse eclesial" da mesma causa. Aquele da três irmãs a qual nos interessamos, oferece originais anotações para a esperança cristã: a história exemplar de Teresa, Cecília e Antônia Faioli convidam a olhar além das mais dramáticas experiências humanas - qual era a destas meninas colocadas improvisadamente diante da morte da mãe Marta -  para aprender a olhar o futuro sem nunca desanimar. Na história delas se lê muito bem o principal contributo da religião cristã: Através da morte e ressurreição de Nosso Senhor, esta anuncia um futuro capaz de superar vitoriosamente aquele limite inexorável que aparecia destinado a frustrar "com plena razão" qualquer tipo de empenho. Ao mesmo tempo, a fé oferece estímulos ao específico empenho empenho cristão no tempo: aquele da caridade que vai além dos comuns interesses egoístas para ser solidário com quem não enxerga outras perspectivas. Nenhum gênero de contrariedade pode frear esta virtude, nem mesmo nas criaturas socialmente mais fracas. Sem muitas palavras, mas com o próprio exemplo eloquentíssimo, as irmãs Faioli convidam também as mulheres de hoje e as mais humildes a aspirar às coisas mais altas, sem complexos e sem medos, para dar à vida a alegria da sua plena realização. 

 A Congregação das Irmãs da Imaculada de Santa Clara,  hoje presente não somente na Itália (país de origem) mas também no  Brasil e nas Filipinas, dá continuidade à história que começou no longínquo 1741 e que ainda hoje,   seguindo o carisma das Fundadoras Teresa, Cecília e Antônia Faioli,  testemunham a alegria de seguir Cristo, servindo a Igreja  na educação e nos mais necessitados e aonde a Igreja chamar.

Foto das irmas da comunidade de São Gonçalo - RJ





A história Continua

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.
O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital era Macaco, na Serra da Barriga.
A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.
O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA PADROEIRA DO BRASIL


A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por dois pescadores do Rio Paraíba do Sul, na região de  Guaratinguetá, estado de São Paulo, por volta do ano de 1717. Os pescadores Domingos Martins Garcia, João Alves e Filipe  Pedroso já pescavam há bastante tempo, sem que conseguissem tirar peixe algum das águas do rio. Foi quando João trouxe em sua rede a parte correspondente ao corpo da imagem e, depois, lançando a rede um pouco mais distante, trouxe nela a cabeça da Senhora. Dali por diante, a pescaria tornou-se copiosa e, receosos de que a quantidade de peixe trazida para os barcos ocasionasse um naufrágio, os três amigos voltaram para casa, trazendo a imagem e contando a todos o prodígio que haviam vivido.
O culto à Senhora não tardou a tomar vulto. À imagem, que representa Nossa Senhora da Conceição, logo foi dado o nome de Aparecida, por ter aparecido do meio das águas nas mãos dos pescadores. Inicialmente instalada em uma capela na vila dos pescadores, já por volta do ano de 1745 teve sua primeira igreja oficial, em torno da qual viria a nascer o povoado e osantuário de Aparecida.
A consagração de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil ocorreu em 31 de maio de 1931, em uma celebração que reuniu, já naquela época, um milhão de pessoas. Os padres redentoristas, responsáveis pelo Santuário Nacional de Aparecida, foram os grandes animadores da construção da Basílica que hoje abriga a imagem da Senhora.
O projeto grandioso teve início em 1955, com a concretagem da nave norte. Construído em forma de cruz, possui capacidade para abrigar 45.000 pessoas e possui uma infraestrutura especial para o atendimento de romeiros que procuram o lugar durante todo o ano para prestar culto à Padroeira.
No dia 04 de julho de 1980, oPapa João Paulo II, em missa celebrada no Santuário, consagrou a Basílica, que recebeu o título de Basílica Menor.
Durante todo o ano acorrem ao Santuário romarias organizadas por grupos religiosos. Algumas, porém, são bastante inusitadas e merecem destaque. No terceiro domingo de maio, ocorre a Moto-romaria, onde motociclistas do Brasil, e de outros países da América Latina, se reúnem no local. No 3º sábado de junho, celebra-se o Dia Nacional do Migrante. E, em 7 de setembro, desde 1995, realiza-se o Grito dos Excluídos, que coincide com a Romaria dos Trabalhadores.
Oração à Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora Aparecida, aqui tendes, diante de vossa imagem, o vosso Brasil, o Brasil que vem novamente consagrar-se à vossa maternal proteção.
Escolhendo-vos por especial padroeira e advogada de nossa Pátria, nós queremos que ela seja inteiramente vossa.
Que seja vossa a sua natureza exuberante, vossas as suas riquezas, vossos os campos e as montanhas, os vales e os rios, vossas as cidades e as indústrias, vossa a sociedade, os lares e seus habitantes com tudo o que possuem, vosso, enfim, todo o Brasil.
Sim, Senhora da Conceição Aparecida, o Brasil é vosso. Por vossa intercessão temos recebido todos os bens que Deus nos prodigalizou e muitos ainda esperamos receber.
Obrigado por tudo, Virgem Mãe Aparecida. Abençoai, Senhora, o Brasil que vos agradece, o Brasil que vos ama, o Brasil que é vosso.
Protegei a Santa Igreja, preservai a nossa fé, defendei o Santo Padre, assisti os nossos bispos, santificai o nosso clero, amparai o nosso povo, esclarecei o nosso governo, guiai a nossa mente no caminho do bem e da verdade.
Rainha do Brasil, mãe de todos os brasileiros, venha a nós o amoroso reino do Pai. Por vossa mediação, venha à nossa pátria o Reino de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. Amém.

domingo, 24 de junho de 2012

A SAÚDE DO NOSSO PLANETA

                 O planeta pede Socorro!!!         

      O planeta e a humanidade vivem uma situação crítica. É urgente que cada um de nós assuma sua responsabilidade pelas mudanças necessárias para a superação dos problemas atuais. A concretização do sonho de um planeta íntegro e de uma vida digna, feliz e em harmonia para toda a humanidade depende de cada um de nós.  

                                               Revista ecologia integral.






As crianças conscientizadas da necessidade de preservar a natureza serão autores de um futuro melhor. É muito importante orientá-las para que tenham atitudes que demonstram responsabilidade socioambiental. 
  
             



O comportamento da criança permite conhecer como ela entende a necessidade da preservação. Devemos prepará-las para atuar como cidadã-responsável,  que pertence a um ambiente coletivo, com um sentimento de comunidade, de identidade coletiva, de pertencer a uma cidade ou nação.





Alunos do 4º Ano
colégio Nossa Senhora das Dores

sábado, 23 de junho de 2012







Oração do Educador religioso

Senhor jesus Cristo,
Mestre dos mestres,
Eu te agradeço pela vocação de Educador, que me deste.
Eu te peço o dom da sabedoria, para transmitir não só o que eu sei, mas o que eu sou.
Eu te peço disponibilidade e paciência, para atender a todos os meus alunos com o mesmo carinho, especialmente os mais rebeldes, isolados, tristes e rejeitados.
Eu te peço a coragem, para corrigir o que for necessário, mesmo diante das incompreensões passageiras.
eu te peço um coração misericordioso, para saber perdoar os deslizes de todas as crianças e jovens e ajuda-los a refazer seu projeto de vida.
Eu te peço inteligência, para ser capaz de orientar os educandos a escolher o caminho do bem e a rejeitar o das drogas, da violência e de todos os vícios.
Eu te peço capacidade de compreensão das novas linguagens, tão apreciadas pelos jovens, a fim  de que possa fazer delas um instrumento de diálogo, em busca da verdade.
Eu te peço, Senhor, muita luz, para cooperar com os pais na formação integral de nossas crianças e jovens.
Senhor que disseste: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus"(cf. Mt 19,14), ajuda-me a descobrir em cada criança e jovem o teu rosto e o teu projeto de amor para com a humanidade.
Que eu possa sempre fazer do teu Evangelho a grande lição de cada dia.
Amém.